Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

No i «Sinal de contradição»

«1º DE DEZEMBRO

É justo que a todos os cidadãos se reconheça a liberdade de pensamento e de expressão em matéria política. Mas há ocasiões históricas que requerem, em nome do bem comum, que se relevem as opiniões pessoais divergentes, em prol de um desígnio nacional. O 1º de Dezembro de 1640 foi um desses momentos e, por isso, a sua rememoração, como dia feriado, não é dispensável. Apesar da crise. Porque a crise exige a todos os portugueses, nesta hora grave da nossa história, um suplemento de patriotismo.

Quarenta varões da melhor cepa insurgiram-se contra a dominação filipina, em nome da dinastia de Bragança e da independência de Portugal. Provavelmente, não coincidiam em todos os pontos de vista referentes à governação do reino, mas tiveram a nobreza e a coragem de esquecer particularismos pessoais ou regionais para, juntos e a uma só voz, protagonizarem uma generosa afirmação de amor e de serviço ao país.
É certo que outrora, como agora, não faltaram os velhos do Restelo. Aves de mau agoiro que invectivam, com maldições, os que têm a seu cargo o leme da nau que é Portugal. Mas a história não foi escrita pelos que ficaram em terra, mas pelos que ousaram demandar o além. Dos fracos não reza a história porque, criticar, sempre foi fácil. O difícil é fazer.
Portugal vive momentos difíceis e, muito embora a independência nacional não esteja formalmente ameaçada, a soberania da nação está em risco. Por isso é importante recordar e festejar o 1º de Dezembro: mais do que uma efeméride ultrapassada, é uma lição urgente e necessária para o tempo presente. Porque é na memória destes feitos que se reacende a esperança do povo que somos. Porque é de mulheres e de homens como os conjurados que Portugal agora, mais do que nunca, precisa.»
Gonçalo Portocarrero de Almada
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«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)