Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

No meio de uma discussão num think tank entre Legitimistas e Liberais (com 200 e tal desgastantes comentários)…

Poderá ser de facto uma discussão um tanto ou quanto estéril a "briga" dos manos. Eu assumo claramente a posição de D. Miguel, que de absolutista tinha pouco. O melhor cognome seria o Popular, pois já em sistema de Carta (o que hoje se chamaria Constituição) foi o povo que o quis eleger, analfabeto, atrasado...mas o povo. Também tive um antepassado que tomou uma posição, a de D. Miguel. Por ser defensor das tradições, apenas por isso e por admirar D. Miguel, foi perseguido.

Contudo, o que está aqui realmente a ser discutido, e admito que possa estar enganado, é muito mais que uma briga de "manos". Foi uma opção de regime absolutamente controlada pela maçonaria e que descambou, inevitavelmente, em ré pública. Tivemos magníficos reis
liberais. Todos os dias eu os defendo como posso, mas estavam já todos minados à partida, como a história prova. Completamente cercados…como hoje ainda se constata!

Bem sabemos que SAR é o elo humano unificador dos dois ramos desavindos. Contudo, e muito bem, sabemos para qual dos lados ele se assume com mais clareza: o da honestidade, o do amor a uma só mulher, o do catolicismo, o das tradições dos portugueses, o do ecossistema, afasta-se o mais que pode da maçonaria (porque é de todos), é equilibrado...enfim...tem perfil de Rei como de Rainha tinha, também, sua tia D. Adelaide mulher ímpar. Já diz o nosso nobre povo: "quem sai aos seus não degenera". Como eu costumo dizer: outra loiça.

Embora sabendo que SAR unifica os dois ramos, , e muito bem aqui a instituição monárquica, é bom para o progresso de Portugal que ele seja bem claro, como tem sido, quanto ao busílis que aqui efectivamente se discute (e não há guerra ou legitimidade de manos).

Se essa clareza não existir, não vale de muito voltar a Monarquia. Daí a minha grande esperança na mudança de regime ser equitativamente também a minha forte convicção nessa fulcral destrinça por SAR.

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