Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 20 de março de 2011

O Império do prestígio

Muitos afirmam que o Império Inglês assenta hoje numa ligação meramente simbólica e não territorialmente efectiva.
Contudo, os mesmo que pensam assim esquecem-se que, à luz dos tempos que hoje correm, qualquer Nação da Commonwealth se pode autonomizar ao nível da chefia de Estado, a qualquer altura, para isso bastando que assim o queira. Mas, em vez disso, têm preferido manter-se sobre a alçada representativa da Rainha de Inglaterra, o que é, no mínimo, surpreendente!
Em plena democracia é incomparavelmente mais relevante, países autodeterminados, quererem, de plena vontade, como chefe de Estado, a Rainha Isabel II. Isto acontece unicamente pela força do reconhecimento e pela escolha do que acham melhor para eles, resultando numa palavra: prestígio. Acima de uma conquista territorial pela força musculada das armas ou outras vias similares contra vontade, o prestígio alcança, nos nossos tempos, de forma diferente, o mesmo resultado por uma via muitíssimo mais surpreendente e plenamente consentida.
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