Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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sábado, 6 de novembro de 2010

Insubmissão «-- Monarquia | República --» Submissão

Já vivemos num regime realmente progressista, importados com grandes causas de valor, e não me refiro a pseudo bandeiras como o aborto, casamentos entre pessoas do mesmo sexo, e outras menoridades, refiro-me, por exemplo, quando abolimos a pena de morte. Isso sucedeu nos reinados de D. Maria II e D. Luís I.

A república que, após 1910, tudo perdeu do Império, que não o soube tratar e adaptá-lo, recebe com pompa e circunstância Hu Jintao, presidente da república popular da China, um regime colonialista e comunista, república que ainda integra a pena de morte, mas que agora apresenta-se com um formato híbrido (à mistura com uma forte veia capitalista) e como potencial comprador de dívida pública portuguesa.

Neste contexto, o presidente Aníbal Cavaco Silva recebe aquele regime com forte aparato, incluindo montadas da GNR (pobre do militar que caiu do cavalo e pior…teve de cumprimentar o ditador), jantar de gala, etc, tudo para “sensibilizar” a poderosa China a comprar-nos, um pouco à semelhança da entrega vergonhosa de Macau.

Esta nossa república não tem qualquer sabor, expressão ou, se assim posso qualificar, carácter de regime. Derrete-se ao primeiro que torce o nariz ou nos dá umas esmolas...

No século XIX, já Portugal estava longe do poderio de outros tempos, mas ainda assim, o Grande Rei D. Pedro V, foi um acérrimo defensor da abolição da escravatura. Aquando do seu reinado, ocorreu um episódio que definiu a convicção do monarca nessa matéria e que, simultaneamente, demonstrava a fragilidade de Portugal perante as grandes potências da altura. Assim, junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português. Mas o Rei não abdicou de firmar a sua convicção liberal e marcou o sentido de posição de Portugal enquanto Nação e dos portugueses que se orgulharam deste seu representante.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)