Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Os Barões bem assinalados…

A Monarquia Constitucional e democrática cai em Portugal pelas mãos de um minoritário grupo que, inverso à vontade maioritária do povo, implanta um regime pela força das armas que até hoje perdura não auscultado pelos cidadãos. Durante estes últimos 100 anos, muitos mais tiros houveram…muitas mais crises perduram.

Contudo, nesse mesmo grupo jacobino, maçónico, revolucionário, desordeiro, francês, também existiam nobres. Nobres indignos desse título. Nobres responsáveis pela morte do Rei e da Monarquia Constitucional. Nobres dos quais D. Carlos I se refugiava em Vila Viçosa, para estar mais próximo das raízes do seu povo. Perguntam: esta realidade apenas aconteceu naquele período? A resposta é não! Sempre houveram nobres indignos e traidores ao Rei. Assim aconteceu na Crise de 1383-1385, bem como aquando do derrube dos Habsburgo, em 1640, pelas mãos do futuro D. João IV e dos Conjurados. A nobreza é um título de representatividade. Um nobre deve ser um exemplo maior de lealdade, integridade, humildade, honestidade e outras prerrogativas similares. Isto torna-os também possuidores de um título de dignidade. Tenho pois a honra de conhecer alguns com todas estas qualidades, normalmente os que menos se notam. Já os outros, os que me referi nas aludidas épocas…sempre abundaram.
Ora, neste contexto, e nunca esquecendo que Portucale foi inicialmente um condado, já aí o papel do Rei era de uma preponderância essencial perante o povo. A sua magistratura de influência é, desde daquele tempo, fulcral. Ou seja, nos momentos em que o povo era desrespeitado com abusos por parte dos senhores das terras, os ditos nobres indignos, com excessivas cargas fiscais e outros penhores, era o Rei a sua protecção.
D. Afonso Henriques ao ver as injustiças cometidas sobre o seu povo, não hesitou em elevar Portucale a Reino e tornar-se o seu primeiro defensor. Assim foi! Mais, foi ele o criador de um sistema que era só nosso, que hoje, já bastante deturpado, se traduziria num municipalismo mais autónomo…o mesmo que visionariamente D. Duarte de Bragança preconiza para os nossos dias. O Prof. Agostinho da Silva sempre que questionado sobre qual foi a melhor fase de Portugal, surpreendentemente, em vez de responder a 2.ª, respondia a da Dinastia de Borgonha, grosso modo, devido àquela inovação à data. Era genuíno português, não foi nenhum modelo importado.
Por fim hoje, em república, com tudo importado, qual o nosso garante? Nenhum! A nobreza indigna assume novas vestes e está imiscuída com o poder, sobretudo o financeiro, e os “Barões”, esses, estão assinalados e são estes que mandam em Portugal. O(s) presidente(s) da república pouco diz(em), faz(em) ou nos garante(m)
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)