Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 19 de junho de 2011

Portugal e o Povo

I - Quando houve uma directa participação do Povo, as coisas correram sempre razoavelmente bem para Portugal:

1120-1143 --» D. Afonso Henriques e os portugueses contra as tropas feudais de D. Teresa e de seu amante o nobre galego Fernão Peres de Trava;

1383-1385 --» D. João o Mestre de Avis, com o Povo e a baixa nobreza conseguem a nossa independência contra a maior parte da alta nobreza portuguesa, aliada a João de Castela.

1640 --» D. João, os Conjurados e o Povo unidos contra os espanhóis e a alta nobreza portuguesa posicionada pelo lado de Filipe III.

1828 --» A aclamação de D. Miguel I pelo povo (por ter sido aclamado em Cortes, no respeito da Tradição legal portuguesa);

1846 --» A Maria da Fonte, enquanto único movimento genuinamente promovido pelo povo até hoje, tendo sido, para muitos, o último fulgor de apoio a D. Miguel I.


II - Quando não houve uma directa participação do Povo, as coisas correram sempre razoavelmente mal para Portugal:



1834 --» Vitória de D. Pedro (IV) sobre seu irmão D. Miguel I;

5/10/1910 --» Por via da força foi implantado o actual regime, sem ouvir o povo num sistema democrático, regime este imposto por via uni partidária, com uma expressão nas urnas cifrada em cerca de 7%;

28/5/1926 --» Início da Ditadura Militar e do Estado Novo;

25/4/1974 a 24/11/1975 --» Tentativa de imposição de um novo regime ditatorial, agora na posição oposta…na esquerda.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)